quinta-feira, 8 de junho de 2017

APÓS A MORTE VAMOS PARA O CÉU OU INFERNO?

                          


O Espírito chamado Gotuzo, no livro Obreiros da Vida Eterna, descreve o que sofreu após a sua desencarnação. Ele aprendeu em sua religião aqui na Terra que iria para o céu após a morte. Mas, ao desencarnar não foi o que encontrou. Reclamou direitos e suplicou bênçãos que não merecia. Regressou ao templo religioso que frequentava e ninguém o identificou. Narrou ele:
(...) Desesperado, então, mergulhei-me por longos anos em dolorosa cegueira espiritual. E, francamente, rememorando fatos, rio-me, ainda hoje, da confiança ingênua com que cerrei os olhos no lar, pela última vez, O padre Gustavo prometia-me a convivência dos anjos – veja bem! – e asseverava-me que eu seria levado em triunfo aos pés do Senhor, e isso apenas porque legara cinco contos de réis à nossa antiga paróquia. Meus familiares acompanhavam, em pranto, nosso diálogo final, em que minha palavra sufocada comparecia, em monossílabos, de longe em longe, na extrema hora do corpo. No entanto, se era quase impossível para mim o comentário inteligente da situação, o pároco falava por nós ambos, explanando a felicidade que me caberia no Reino de Deus. Médico de curta jornada, mas de intensa observação, a moléstia não me enganou, mas, inexperiente nos assuntos da alma, confundiram-me plenamente as promessas religiosas. Penetrando o portão do sepulcro e não me sentindo na corte dos santos, voltei, copiando perigosas atitudes dos sonâmbulos, para interpelar (questionar) o sacerdote que me encomendara o cadáver às estações celestes. Incompreendido e cego, peregrinei por muito tempo, entre a aflição e a demência, nas criações mentais enganadoras que trouxera do mundo físico (...)
Emmanuel explica no prefácio do livro No Mundo Maior: (...) A morte a ninguém propiciará passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cada criatura transporá essa aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos imutáveis da Lei, em toda parte. Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque “o Reino do Senhor não vem com aparências externas” (...)

Compilação de Rudymara 




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