sábado, 1 de agosto de 2015

BRILHE A VOSSA LUZ


 
A RESPOSTA

O homem desesperado alcançou, um dia, a presença do Cristo e clamou:
- Senhor, que fazer para sair do labirinto da Terra? Tudo sombra... Maldade e indiferença, angústia e aflição dominam as criaturas que, a meu ver, se debatem num mar de trevas... Senhor, onde o caminho que me assegure a libertação?
Jesus afagou o infeliz e respondeu, generosamente:
- Filho, ninguém te impede de acender a própria luz.

De: Emmanuel                          

 

O  BRILHO  DO  BEM 


Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire (uma espécie de vaso usado para medir líquidos ou cereais), mas no velador (suporte colocado no alto), e ilumina todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos Céus.”  ( Mateus, 5: 14-16).

O Cristianismo, com seus valores morais elevados, com seu empenho pela construção do Reino de Deus, com certeza se destacaria na História se, seus adeptos seguissem estes valores elevados. Pois, Jesus compara seus seguidores à luz que afasta as trevas. Da mesma forma que seria impossível deixar de ver uma cidade construída (edificada) sobre a montanha. Se é dia, nota-se perfeitamente o contorno de seus edifícios; se anoitece, suas luzes destacam-se.
Individualizando a figura do cristão, Jesus oferece a sugestiva imagem da candeia.
Candeia é uma lamparina; alqueire é uma espécie de vaso usado para medir líquidos e cereais; velador é um suporte colocado no alto para segurar a lamparina.
Então, ninguém acende uma candeia para colocá-la prisioneira sob o alqueire. A luz deve estar no velador para que ilumine o ambiente.
O mesmo acontece com o Evangelho. É a luz que ilumina, que dá significado à Vida e a valoriza, mas, se procurarmos em suas lições apenas conforto e bem-estar para nós, sem compreender seu apelo (pedido) maior, convocando-nos à Fraternidade, então sua claridade ficará aprisionada no vaso do egoísmo e de nada valerá, pois, apesar de detê-la, continuaremos na escuridão de nossas falhas.
Ao recomendar “brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus”, Jesus ensina que o luzir (brilho) do Evangelho em nós está condicionado à prática do Bem. Por isso, o verdadeiro cristão é alguém cujo comportamento é invariavelmente edificante; que estimula à virtude, cultivando seus valores e que converte irresistivelmente ao Evangelho com a força do exemplo, seja no lar, na rua, no trabalho, na escola, etc.
Exemplo: Não “furar” a fila, onde haja muita gente (“não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam para nós”); não subornar o funcionário encarregado de avaliar nossa reivindicação; não passar uma descompostura no atendente que nos pareceu moroso ou desatento; não desfrutar de uma aventura extra-conjugal (não adulterarás); não fazer uso de bebidas alcoólicas, drogas, etc.(não matarás), não agir com desonestidade, mesmo quando a situação venha favorecer sem que seja descoberto; não apropriar-se de patrimônio alheio; não deixar de manter a ordem e a disciplina onde esteja, cumprindo regulamentos estabelecidos em qualquer setor social; ser enérgico consigo mesmo e indulgente com os outros, fazendo-se respeitar sem jamais ser temido; etc.
Obs.: Quantas vezes vemos, dentro de casas religiosas, pessoas tratarem outras com pouco ou nenhuma caridade e respeito, só porque trajam a “roupa de trabalhador da casa.” Acham-se melhores e com autoridade autoritária. Longe de brilho do Bem. 
É difícil ser cristão, não é? Pois, tudo isso é próprio da Terra, que é um planeta onde a desonestidade é triunfante e as conveniências pessoais prevalecem sobre a Moral. Porque os moradores ainda são maldosos e ignorantes. É mais fácil escutarmos: “Caso-me na igreja porque minha religião pede”, do que escutarmos: “Não adulterarei, porque a lei de Deus pede.” 
É mais fácil seguir os cultos, os rituais, impostos pela religião, achando que estamos agradando a Deus, do que seguir o que Ele realmente espera de nós. Então, para o religioso autêntico, a existência fica difícil, pois é chamado a um comportamento que contraria as tendências da multidão, numa espécie de “remar contra a correnteza”, e o que é pior, ele terá que lutar contra si mesmo, e eliminando os padrões de conduta da sociedade em que vive.
“Quem tem ouvidos de ouvir, ouça” – dizia Jesus.

 

Richard Simonetti
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário