sábado, 6 de setembro de 2014

"POR QUE DEUS NÃO ATENDE MINHAS PRECES?"


 
Para pessoas que pensam assim, perguntamos: "Você atende todos os desejos e pedidos do seu filho?" Sabemos que não. Pois você sabe que tem coisa que vai ser ruim para ele. Ele vai se revoltar, ficar com raiva, mas depois verá que foi para seu bem. É assim que Deus age com nossos pedidos.
Como explica Kardec no O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 26: “Podemos solicitar a Deus benefícios terrenos, e Ele pode nos atender, quando tenham uma finalidade útil e séria. Mas, como julgamos a utilidade das coisas segundo a nossa visão imediatista limitada ao presente, geralmente não vê o lado mau daquilo que desejamos. Deus, que vê melhor que nós, e só deseja o nosso bem pode então nos recusar o que pedimos, como um pai recusa ao filho aquilo que pode prejudicá-lo. Se aquilo que pedimos não nos é concedido, não devemos nos abater por isso. É necessário pensar, pelo contrário, que a privação nesse caso nos é imposta como prova ou expiação, e que a nossa recompensa será proporcional à resignação com que a suportamos.”
No livro dos Médiuns, Kardec perguntou: "PODEMOS OBTER CURA APENAS PELA PRECE?Os Espíritos respondem: "Sim, às vezes Deus o permite. Mas talvez o bem do doente esteja em continuar sofrendo e então se pensa que a prece não foi ouvida."
POR QUE, ÀS VEZES, É MELHOR A PESSOA CONTINUAR SOFRENDO? Daremos um exemplo do Irmão X para responder esta pergunta: “Ildefonso, filho de D. Malvina Chaves, dama profundamente virtuosa e devotada à causa do bem, há quatro anos encontrava-se semi-acamado; preso à situação difícil, parecia um cordeiro. Parecia gostar das preces maternas, dedicava-se à leitura edificante e sabia conversar, respeitoso e gentil, encorajando quem o visitava. Malvina o contemplava comovidamente, e pedia ansiosa, ao Médico Divino sua cura. Um dia seu pedido foi ouvido. Mas, após um mês, Dona Malvina começou a desiludir-se. Ildefonso, curado, era outro homem. Perdeu o amor pelas coisas sagradas. Pronunciava palavrões de minuto a minuto. Convidado à prece, dizia, indelicado, que a religião era material de enfermarias e asilos e que não era doente nem velho para ocupar-se de semelhante serviço. Trocava o dia pela noite, tamanha era a pressa de ir para as noitadas ruidosas. Suas despesas desordenadas não tinham fim. Se a mãezinha pedia mudança de atitudes, sorria, zombava, declarando a intenção de recuperar o tempo que perdera através de espreguiçadeiras, remédios e injeções. Com 10 meses era um transviado autêntico. Embriagava-se todas as noites, tornando ao lar nos braços de amigos e, quando a genitora, impondo-lhe repreensões educativas, se negou a pagar-lhe a centésima conta exagerada, Ildefonso falsificou a assinatura de um tio em escandaloso saque de grande proporções. A generosa mãe não sabia como resolver o problema do filho rebelde e ingrato. Queixas surgiam de toda parte. Autoridades e parentes, amigos e desconhecidos traziam reclamações sem fim. A abnegada mãe via-se aflita e estonteada, sem saber como reajustar a situação, quando, certa noite, pedindo ao filho embriagado que lhe respeitasse os cabelos brancos, foi por ele agredida a pancadas que lhe provocaram angustiosas feridas no coração. Sem palavras de revolta, D. Malvina, procurou seu quarto, em silêncio, e rogou:
"Médico Divino, compreendo-te agora os planos sábios e justos. Meu filho é também uma ovelha de teu infinito rebanho! Não permitas, Divino Amigo, que ele se converta num monstro! Não sei, Senhor, como definir-lhe as necessidades, mas faz-me entender-te as sentenças compassivas e modifica-lhe a rota desventurada.”
Então, a recomendação é sempre: “SENHOR! SEJA FEITA “SEMPRE” A SUA VONTADE.”
 
 
Rudymara



 




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