sexta-feira, 21 de março de 2014

DIREITOS E FUNÇÕES DAS MULHERES E DOS HOMENS SÃO IGUAIS?


 
Por isso, Allan Kardec perguntou na questão 822-a: “... uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?” E os mentores responderam: “Dos direitos sim; das funções, não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete . . .”
Pretender absoluta igualdade envolvendo as funções é contrariar a própria biologia. O homem foi estruturado para o trabalho mais pesado; a mulher é convocada às responsabilidades do lar, particularmente no cuidado dos filhos. Não pretendemos reinstituir as Amélias, o retorno da mulher à condição de escrava do lar. Ela tem o direito e, mais que isso, a necessidade de desenvolver atividades na comunidade. Mas é preciso reconhecer que acima dos sucessos no campo social e profissional, está a suprema realização feminina como esposa e mãe, sustentando o lar, que é reconhecidamente a célula básica da civilização. A família pode transformar a casa de tijolos em lar, quando os membros desenvolvem os valores éticos, as responsabilidades morais. É dentro dos lares que saem as pessoas que irão compor a sociedade. Os futuros médicos, professores, engenheiros, políticos, pais, mães, funcionários públicos, profissionais em geral. Portanto, lares equilibrados, sociedade equilibrada; lares desequilibrados, sociedade desequilibrada. A sociedade é o reflexo de nossos lares.
A renovação das criaturas se fará através da “educação”. Não da educação instrução, que recebemos nos bancos escolares, mas da educação moral, que recebemos dentro do lar. Através, principalmente, do exemplo. Mas, como espíritos imperfeitos podem ser bons educadores? Reconhecemos as verdadeiras educadoras não pela santidade, mas pelo “esforço” e pela “disciplina” que trouxerem como bagagem, os quais serão os alicerces firmes e sólidos da “educação”. São valores reconhecidos pelos que buscam acertar na tarefa. Então, devemos ter sempre conosco a legenda “educar-se para educar”, a fim de não esquecermos nossa necessidade de progresso. E, a cada avanço na jornada evolutiva, melhoramos nossa condição de educadores. O espírito eminentemente feminino, na sua maioria, já adquiriu na esteira das encarnações sucessivas enormes cabedais de afetividade e sensibilidade, amor e ternura, carinho e delicadeza, devido muito especialmente à doação incessante à maternidade e aos membros da família.
O aperfeiçoamento moral de todo espírito reencarnado passa inevitavelmente pelo trabalho amoroso e educativo de toda mãe terrestre, como afirma e espírito Agostinho no O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. XIV, item 9: “Merecei as divinas alegrias que Deus concede à maternidade, ensinando a essa criança que ela está na Terra para se aperfeiçoar, amar e abençoar.”


Richard Simonetti.


 

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