BASTA O ARREPENDIMENTO PARA RECEBERMOS O PERDÃO?
Não, o arrependimento é apenas o primeiro
passo na árdua jornada da reabilitação.
Para receber o perdão de Deus não bastam
penitências, ritos, ou rezas. É de fundamental importância que o mal seja
reparado.
Podemos definir o arrependimento como a
consciência de que fizemos algo errado, de que prejudicamos alguém ou a nós
mesmos.
Implica em dor moral. Quanto mais evoluídos,
mais sofre o Espírito, ao avaliar a extensão dos prejuízos que causou a si
mesmo ou ao semelhante.
Aquele que ofendeu alguém e recebe
absolvições (perdão) por ter orado, repetidamente, um certo número de vezes,
determinado pelo sacerdote, fica com a estrada livre para novos desatinos.
Esse tipo de perdão é um estímulo a novos
erros, novos enganos, novas ilusões, novas quedas, prejuízos ao processo evolutivo, que se
retarda, no tempo.
O perdão que o Espiritismo e os amigos
espirituais pregam em verdade não é de fácil execução, porém, inegavelmente,
mais sensata, mais lógica.
Requer muito boa-vontade; esforço; perseverança.
O perdão, segundo a Doutrina Espírita, não
alarga as portas do erro; pelo contrário, restringe-as, por
apontar responsabilidades para quem estima a leviandade e a injúria, a
crueldade e o desapreço à integridade, moral ou física, dos companheiros de
luta, na paisagem terrestre.
De acordo com os preceitos espíritas, não há perdão sem reparação conseqüente. Os próprios Instrutores do Mais Alto lembrem a palavra evangélica, que nos incentiva à integração com o Bem, no apostolado da Fraternidade: "o amor cobre a multidão dos pecados", que representa a única força "que anula as exigências da Lei de Talião (olho por olho, dente por dente), dentro do Universo Infinito".
De acordo com os preceitos espíritas, não há perdão sem reparação conseqüente. Os próprios Instrutores do Mais Alto lembrem a palavra evangélica, que nos incentiva à integração com o Bem, no apostolado da Fraternidade: "o amor cobre a multidão dos pecados", que representa a única força "que anula as exigências da Lei de Talião (olho por olho, dente por dente), dentro do Universo Infinito".
Disse Emmanuel: A concessão paternal de Deus,
no que se refere à reencarnação para a sagrada oportunidade de uma nova
experiência, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da Lei.
Allan Kardec perguntou: Poderemos utilmente pedir a Deus que perdoe as nossas faltas?
Os Espíritos responderam: Deus sabe discernir o bem do mal; a prece não esconde as faltas. Aquele que a Deus pede perdão de suas faltas só o obtém mudando de proceder. As boas ações são a melhor prece, por isso que os atos valem mais que as palavras. (questão 661)
Observação de Rudymara: Fomos ensinados por séculos que após
transgredirmos a lei de Deus poderíamos ser perdoados com uma simples confissão
que gerava uma simples penitência que correspondia, por exemplo, a preces
repetidas. Por isso, ainda hoje vemos pessoas cometendo abusos contra o próximo
e contra si mesmo acreditando que depois será perdoado com penitencias, ritos e
rezas. E o que é pior, volta a errar por acreditar na facilidade do perdão.
Mas, o Espiritismo chegou para explicar que o perdão precisa de reparação, seja
através do amor (caridade) ou da dor (resgate). Quando Jesus disse na oração do
"Pai Nosso": "perdoa
nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores", Ele quis ensinar
que quando pedirmos perdão pelos nossas dívidas (perante a lei de Deus),
devemos aprender a perdoar as falhas alheias. Ele deixou bem claro que não é
tão fácil ser perdoado. Então, qual perdão escolheremos para nossas faltas?
Pelo amor ou pela dor?
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