domingo, 29 de abril de 2012

A NECESSIDADE DO TRABALHO


Nos mundos mais aperfeiçoados o homem é submetido à mesma necessidade de trabalho?
— A natureza do trabalho é relativa à natureza das necessidades; quanto menos necessidades materiais, menos material é o trabalho. Mas não julgueis, por isso, que o homem permanece inativo e inútil; a ociosidade seria um suplício, em vez de ser um benefício.
(questão 678 de O Livros dos Espíritos)

Á medida em que o Espírito evolui, seu trabalho, que em princípio atendia exclusivamente às próprias necessidades, orienta-se no sentido de contribuir para a harmonia universal, transformando-o, progressivamente, em instrumento legítimo da vontade de Senhor, co-participe na obra da Criação, como o filho adulto que, consciente e esclarecido, conhece suas responsabilidades, dispondo-se colaborar com o pai.
Nesse caminho estão comunidades como a de “Nosso Lar”, cidade do Além, descrita pelo Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier. Livres das necessidades inerentes ao corpo físico, disciplinados e ativos, seus habitantes dedicam-se ao serviço do Bem, em favor de companheiros comprometidos com o desajuste que permanecem compulsoriamente em zonas purgatoriais, no Umbral.
Em estágios mais altos de espiritualidade e desenvolvimento das potencialidades e desenvolvimento das potencialidades criadoras, encontramos os Engenheiros Siderais que presidem as manifestações da Natureza, executando a Vontade Divina.
O exemplo maior está em Jesus, governador da Terra, segundo Emmanuel, que orienta, desde os primórdios de nosso planeta, as coletividades que aqui evoluem. Essa condição está expressa na mesma citação evangélica (João 5:17), quando o Mestre, após proclamar que Deus trabalha incessantemente, completa “...e eu também.”Mesmo na Terra, se buscarmos exercitar a mente em raciocínios relativos à Vida Eterna, tenderemos a orientar nosso trabalho muito mais em favor do bem-estar coletivo do que em nosso próprio benefício, integrando-nos no ritmo da harmonia universal, sob a “batuta” de Deus, Supremo Regente.
Natural, portanto, que os grandes benfeitores, em todos os setores da atividade humana, sejam, essencialmente, grandes servidores, dedicando suas existências ao ideal sublime da fraternidade humana. Compreensivamente, são sempre fortes e empreendedores, perseverantes e capazes, ainda que enfrentando problemas e dificuldades variadas. É que, plenamente identificados aos propósitos da Vida, instrumentos fiéis do Bem, fluem incessantes por eles, a se expandirem ao seu redor, as bênçãos de Deus.



 (Richard Simonetti)





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