domingo, 1 de agosto de 2010

JESUS PEDIU QUE "PERDOÁSSEMOS" SEMPRE


Para falar sobre o perdão, vamos lembrar a estória alegórica do antigo testamento, quando Caim matou seu irmão Abel por inveja, porque Jeová elogiou a oferta de Abel e menosprezou a oferta de Caim. E Jeová, para castiga-lo o condenou a vagar sem destino.
Caim choramingou, porque ficou com medo de ser morto por algum desconhecido. Que desconhecido seria esse, se só havia ele, o pai Adão e a mãe Eva, já que o irmão estava morto?
Até Jeová se esqueceu disso, e proclamou que: se alguém o matasse seria castigado até 7 vezes.
Mais confiante, Caim partiu, e logo depois, encontra uma mulher e com ela se casou. Que mulher era essa ninguém sabe. Talvez uma das muitas Evas que Jeová criou. Mas, Caim fundou uma cidade e
deixou uma descendência, dentre eles seu tataraneto chamado Lameque, que era casado com duas mulheres. Já que naquele tempo, Jeová liberava os homens a ter quantas mulheres pudessem sustentar.
E Lameque era um indivíduo mau, daqueles que não levam desaforo para casa. Um dia, ele disse às duas esposas:
“ . . . matei um homem por me ferir, e um rapaz por me pisar. Se Caim seria vingado 7 vezes (por Jeová), com certeza Lameque o será setenta e sete vezes.” (Gênesis, 4: 23-24)
Lameque mostrava o espírito de sua época. Espírito de revide, de não levar desaforo para casa. Ele seguia a lei de Moisés, do “Olho por olho, dente por dente.” (Êxodo, 21:24)
Mas, enquanto Lameque vingava-se 77 vezes, e Jeová 7 vezes, Jesus chegou para inverter tal proposta e inaugurar um novo tempo, com o perdoar 70x7 vezes. Para quem multiplicou o resultado é 490, segundo Emmanuel o perdão deve ser exercido 490 vezes ao dia e não ao longo da vida. Então, seja lá qual for a interpretação, podemos dizer que foi uma maneira simbólica que Jesus usou para pedir que perdoássemos sempre.
Mas, infelizmente, ainda hoje, conhecemos muitos Lameques, que falam de Jesus, mas seguem a lei do olho por olho, dente por dente. São aqueles que pedem pena de morte; os que querem fazer justiça com as próprias mãos; os que não levam desaforo para casa; os que revidam qualquer tipo de agressão. Estas pessoas, perdem famílias, amigos, emprego, liberdade . . .
Muitos presídios e manicômios não existiriam se perdoássemos mais; se não revidássemos injúrias e violências, se dominássemos nossa cólera, nosso ódio, nossa vingança; se não duelassemos corporalmente e verbalmente; se retribuíssemos o mal que nos fazem com o bem; se fizéssemos aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem.
Ao invés de REVIDAR, deveríamos RELEVAR.

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