terça-feira, 25 de maio de 2010

JESUS EXPLICA O QUE É A VERDADEIRA PUREZA



Infelizmente, tendemos a corromper a atividade religiosa com o formalismo, os ritos e as rezas.
É mais fácil aparentar virtude; e mais difícil exercitá-la.
Isso era comum ao tempo de Jesus, principalmente entre os fariseus.
Julgavam que comparecer à sinagoga, efetuar sacrifícios de animais e aves, oferecer dízimo, cumprir as disciplinas do culto, respeitar o sábado, jejuar e observar outras práticas formais era suficiente para ter a consciência tranqüila e merecer as graças de Jeová (Deus).
Se problemas surgiam no seio da comunidade, em virtude de comportamento pecaminoso ou por transgressão dos textos sagrados, realizava-se um culto especial, onde, por força de sortilégios, os pecados dos fiéis eram transferidos para um bode que seria sacrificado.
Daí a expressão "bode expiatório", quando se pretende arranjar um inocente para pagar por culpas alheias.
Ao tempo de Jesus, havia o ritual de lavar as mãos antes das refeições.
Muitos dirão que é um hábito saudável. As mãos são repositórios de bactérias . . .
Mas não era essa a intenção, mesmo porque não havia mínima noção sobre a existência dos microrganismos.
Trata-se de mera prática ritualística religiosa.
Ritual enjoado. Pois, devia-se banhar as mãos duas vezes, até os pulsos. Na primeira eram retiradas as impurezas. Na segunda, as gotículas residuais contaminadas. Depois, ficavam erguidas, até secarem.
Esta tradição dos antigos, tornara-se prática formal que devia ser seguida com rigor pelos judeus.
A maior divergência de Jesus com o judaísmo dominante era essa intransigência.
O Mestre reiterava que os aspectos exteriores da religião são secundários.
O que importa é o empenho de renovação, o esforço por cumprir a vontade de Deus, amando e servindo o semelhante.
Freqüentemente aproximavam-se escribas e fariseus, enviados pelas autoridades religiosas de Jerusalém, a fim de vigiar suas ações.
Jesus operava prodígios e transmitia ensinamentos que contrariavam a orientação mosaica (as leis de Moisés). Por isso os judeus tinham medo daquele galileu, que muitos julgavam o Messias, porque achavam que ele poderia subverter a ordem religiosa. Eles acompanhavam seus passos, buscando uma falha que pudesse servir de motivo para liquidar com Jesus. Foi então que observaram que os discípulos do nazareno não se submetiam ao ritual de lavar as mãos.
Talvez até as lavassem, mas superficialmente, sem cumprir os preceitos.
Tantos assuntos importantes, tantas lições a aprender com o mensageiro divino, e eis um bando de fanáticos preocupados com formalidades, envolvidos em ridículas querelas!
E questionaram:
- Por que teus discípulos transgridem a tradição dos mais velhos? Pois não lavam as mãos quando comem.
Respondeu Jesus:
- E por que vocês transgridem o mandamento de Deus, por causa da sua tradição? Moisés ensinou: "Honra a teu pai e a tua mãe e quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido com a morte". Vocês, porém, proclamam: "Quem disser ao pai ou à sua mãe: - o sustento que vocês poderiam receber de mim é consagrado a Deus -, esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe." Assim, vocês invalidam, pela sua tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas! É verdadeiro o que Isaías profetizou de vocês, quando disse: "Este povo honra-me com os lábios, enquanto o seu coração está bem longe de mim. Em vão me prestam culto, ensinando doutrinas que são preceitos humanos."

Honrar pai e mãe implica não apenas em respeitá-los, mas, também, em dar-lhes amparo e assistência na velhice. No entanto, para livrarem-se desses encargos, certamente vários daqueles questionadores situavam seus bens como "corbã", isto é, constituíam ofertas ao templo. Poderiam ser utilizados para o que desejassem, menos para dá-los aos genitores.
Assim, sentiam-se desobrigados de ampará-los na velhice e, consequëntemente, de seguir o preceito divino.
Era mais interessante e econômico cumprir o "corbã".
Com invejável conhecimento das escrituras, Jesus expunha as mazelas dos escribas e fariseus.

O que mudou do tempo de Jesus até hoje?
Muito pouco.
Ainda há religiões que se apegam aos rituais, cultos, amuletos, etc., e esquece-se do mais importante: “a transformação moral”.

Muitos ficam horrorizados quando alguém não casa-se na igreja, não batizam os filhos, etc., mas perguntemos:

- O mais importante é o ritual do casamento ou seguir a lei de Deus (dentro do casamento) que diz: “Não adulterarás”?

- O mais importante é batizar com água na cabeça ou no corpo inteiro ou seguir o pedido de João Batista quando disse: “Produzi frutos sinceros de arrependimento . . . Aquele que tem duas túnicas, dê uma ao que nenhuma possui . . . E quem tem o que comer, divida com o que passa fome . . .?

- O mais importante é flagelar o corpo com cruzes pesadas, etc., ou flagelar a alma, retirando dela nossas falhas morais como: orgulho, vaidade, egoísmo, ódio, vingança, etc., etc., etc.?

Questionemos nossa consciência.
Busquemos analisar o que Deus, os Espíritos Superiores (os santos, o Espírito Santo), Jesus, etc., esperam de nós.
Se toda esta parte do culto externo fosse abolida, estaríamos mais preocupados em viver os ensinamentos do Cristo.


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